quarta-feira, novembro 12, 2008

à margem, sem semelhança

Me perdi no caracol da ciranda. Por que eu te analiso tanto... que tipo de palavra cruzada é você? Quantos sete erros ainda vou achar? Sigo perdendo todas as apostas… porque você é sempre o coringa. Quando eu acerto, você o toma pra si. Quando eu erro, você ganha. E fico boiando numa lama verde e densa, lenta, me movendo devagar, quase vou me perdendo…

Conheço bem o caminho até sua boca, embora ainda necessite demais encontrá-la, com suas palavras.

Você é sempre como-se-fosse, sempre parecido-com. quem é você?

E eu fico feito velha cabeluda abrindo os baús empoeirados procurando, procurando, procurando, procurando, procurando, procurando o que eu não vou encontrar… porque você vai ficar à margem, sempre

Porque você não quer ser o leito
Nem a pedra
Nem a bóia
Nem a onda
Sequer foz



Um pingo