segunda-feira, outubro 13, 2008

rachel está viva!

Outro dia vi você passar na rua. Tinha filhos e estava de mãos dadas com Rachel.
Senti vontade de morrer.
Ainda hoje guardo suas camisas que você tinha mania de passar em meu armário. Ocupam-me espaço. No armário e na cabeça. Fico achando que vais voltar.

Quando vi rachel segurando sua mão, igual ao jeito que tu me dissestes que gostava que eu segurasse, cai no chão. Não consegui respirar e tive que me apoiar em um canteiro burocrático desses da rua, que os prefeitos constroem para ganhar eleição.

Por que me passava pela cabeça por todos esse anos de que tu, vivia ainda a memória tanto quanto eu? Não pensava em você, não falava em você, mas tu eras quase como um amigo imaginário, desses que a gente, que nem na infancia, confunde amor e amizade.

Quis arranca-la de ti. Quis arrancar-me de ti.
Matar-te.

Sai correndo em desespero e quando entrei em casa, beijei, uma a uma, as tuas camisas.