domingo, agosto 12, 2007

do cú do mundo

o jards ia tocando na vitrola.
como você é demodê, ele me disse.
eu já ia roendo unhas, pensando no nosso todo mal secreto.

as vezes assim, quando é de manhã num domingo - insosso - nessas horas em que, amarga, penso em desistir de tudo, apenas por pura falta de animo, penso que nós.
É que talvez a gente nunca tenha se conhecido bem. E ainda hoje, quando escrevo sobre você jogo com o pouco superficial que sei de ti. E tu de mim. Escreves?

E já ia arnaldo, na noite vazia.

Não entendo e sinto um ódio profundo de ti por teres escolhido essa vida: familia, casa, cachorro.
Que ainda ontem eras minha referencia de contrasenso - aquele que vivíamos.
Sinto me fiel a nosso contrasenso e as vezes, só as vezes, sinto profundo, nos ossos, que me traístes.
Aí penso que é. Ainda com ódio, sem te perdoar, aceito triste que nessa vida se tem mesmo é que ser feliz.
Será que a noite, sentes felicidade?
Talvez, com o filho.

Faz tempo quero te confessar: ainda penso naquele aborto.
E se eu tivesse tido o filho daquele argentino infantil? Será que teriamos casado só para ter?
Eu teria um bebê latino nos braços e o mundo no cú.
Larguei lá.
E tudo mais aqui, no verdadeiro cú do mundo.


não prometas escrever, meu Amor.
sou extremamente infeliz e insalubre por aqui.
do meio da merda, nenhuma pérola.