adiotravez
me animei quando o telefone tocou.
até ri-me disso.
Fazia tantos dias em que eu estava fugindo do primeiro trim ameaçador. É que sentia-me tão bem-mal ajambrada em minha bolha que qualquer procura por mim era me resgatar de um buraco fundo e quente.
Então você fez o telefone soar, e era meu aniversário. Lembrou-me mais uma vez de minha existência. E eu ia lá duvidando se isso era bom ou ruim.
Você ligou e disse uma frase, uma só. Achei engraçado. Desligou.
Quase morri de ódio depois.
Consegues sempre esse efeito sobre mim e isso é desesperador.
Criamos tanta intimidade que às vezes sinto que me manipulas. Às vezes chego perto de ter certeza de que me controlas e me manipulas o tempo inteiro, de acordo com suas vontades. E você sempre foi caprichoso.
Depois, sinto que já nada importa, que se a vida me tira você eu morro. Vai-se metade de tudo que construí nos ultimos anos.
E sabe-se lá dizer se isso é bom ou ruim?
Como me permitir ser metade você? E você nunca soube reconhecer isso. Nunca soube reconhecer nada mais que você mesmo. Meu deus, como eres egoísta. E como é sempre assim que funciona, sempre achando-nos egoístas acusando-nos um o outro. Chegamos a nenhum lugar, porque as acusaçoes só trouxeram mais e mais acusações e magoas. E todos esses anos.
Sabe, às vezes acho que vou morrer de silêncio.
E acho que você agora riria dessa declaração.
Fazem meses e anos que estou nesse mesmo lugar, meu amor.
Tudo que consegui mudar foram algumas palavras e figuras de linguagem. E de casa. Da qual agora quero sair. mesmo agora, correndo, pela porta da frente.
Mas é dificil sair, correr e ainda pela -mesma- porta da frente, não meu amor?
e me ligas, a fazer exatamente isso.
hermosa é a putaquetepariu porra!
e quanto a mim: eu, só eu, egoísta e mais vazia do que nunca.
adios.
- outra vez -
até ri-me disso.
Fazia tantos dias em que eu estava fugindo do primeiro trim ameaçador. É que sentia-me tão bem-mal ajambrada em minha bolha que qualquer procura por mim era me resgatar de um buraco fundo e quente.
Então você fez o telefone soar, e era meu aniversário. Lembrou-me mais uma vez de minha existência. E eu ia lá duvidando se isso era bom ou ruim.
Você ligou e disse uma frase, uma só. Achei engraçado. Desligou.
Quase morri de ódio depois.
Consegues sempre esse efeito sobre mim e isso é desesperador.
Criamos tanta intimidade que às vezes sinto que me manipulas. Às vezes chego perto de ter certeza de que me controlas e me manipulas o tempo inteiro, de acordo com suas vontades. E você sempre foi caprichoso.
Depois, sinto que já nada importa, que se a vida me tira você eu morro. Vai-se metade de tudo que construí nos ultimos anos.
E sabe-se lá dizer se isso é bom ou ruim?
Como me permitir ser metade você? E você nunca soube reconhecer isso. Nunca soube reconhecer nada mais que você mesmo. Meu deus, como eres egoísta. E como é sempre assim que funciona, sempre achando-nos egoístas acusando-nos um o outro. Chegamos a nenhum lugar, porque as acusaçoes só trouxeram mais e mais acusações e magoas. E todos esses anos.
Sabe, às vezes acho que vou morrer de silêncio.
E acho que você agora riria dessa declaração.
Fazem meses e anos que estou nesse mesmo lugar, meu amor.
Tudo que consegui mudar foram algumas palavras e figuras de linguagem. E de casa. Da qual agora quero sair. mesmo agora, correndo, pela porta da frente.
Mas é dificil sair, correr e ainda pela -mesma- porta da frente, não meu amor?
e me ligas, a fazer exatamente isso.
hermosa é a putaquetepariu porra!
e quanto a mim: eu, só eu, egoísta e mais vazia do que nunca.
adios.
- outra vez -
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