quinta-feira, janeiro 18, 2007

apartamento vazio na hora de ir embora

eh horrivel. mas foi so um sorriso. desculpe-a por isso. ah, bom, e pelo beijo tambem. ela disse que queria ajudar. e que as vezes pensa em frases otimas, de tocar seu coraçao, para voce entender tudo, mas depois esquece - tamanha a importancia, mas o mesmo ela acha que acontece com voce. e termina por nao dizer nada. so nos olhamos, sorrio e te beijo; mas, raivoso, voce foge. logo em seguida, eu ouço a voz do chefe: amarro as tranças, visto o casaco, uso presilhas para segurar a franja juvenil e rebelde. disfarço que estou trabalhando. olho as horas no relogio, ninguem coopera, penso. a voz do chefe vai se distanciando, diminuindo, troca o ingles pelo indiano: fim dos problemas. ela suspira e da as costas, apoia a cabeca no punho fechado. a franja volta a cair sob os olhos. esquenta, ja tira o casaco. e sem notar começa a desfazer as tranças, embaraçando tudo. fecha os olhos e sorri de novo. la esta voce, sentado no degrau da escada, olhando o fogo queimar, esperando.