sábado, outubro 10, 2009

Aprés

aprés

(a)prés-sinto.

A sua ausência me faz feliz.
A ausência doutro não.

O estar ao seu lado só evidencia o quanto não. o quanto (não) vou ficar (só).
As noite enrolada no seu cheiro não fazem valer a pena. As tardes de espera, não fazem sentir.
me distraio com sua pré-ausência, por querer saber quando irás. E constrangedor é saber que serei eu a ir embora.
Você fica. Sempre ficam, vocês.
Eu (re)parto.

Todas as adpatações, gambiarras e jeitinhos que dou no meu parecem toscas quando não te tenho pra me ofuscar de mim mesma.

Ontem alguém segurou na minha cintura, assim por trás, de quando se guia alguém, me levando pra um canto, me pegou assim naquele lugar que gosto. Mãos firmes porém nada invasivas ou demasiado másculas.
Arrepio.
Meu deus, mas é porque não tenho sentido nada há alguns tantos meses?

Sonhei a noite inteira um sonho triste e acordei sozinha outra vez.
A ponta do lápis é molhada em saliva e suor com cheiro de sexo antigo.

O quarto vai ficando bagunçado e eu me reconheço mais. Saio do quarto e vejo a casa, essas coisas, esses amigos, a toalha, não são meus, não sou eu. É teu?

o arrepio é passageiro. o tédio não passa.